Por mais que a gravidez tenha sido planejada, a ficha as vezes demora a cair quando o homem descobre que vai ser pai. A euforia provocada pela perspectiva da chegada de um filho convive com reações como medo, ansiedade, incertezas e muitas dúvidas sobre qual será, afinal, seu papel dali para frente. Mas é preciso vencer esses dilemas. E a palavra-chave para isso é uma só: compartilhamento. Isso significa estar sempre ao lado da futura mamãe, desde os primeiros momentos da gestação, e não apenas quando o bebê nascer. Para ajudar os papais, especialmente os chamados marinheiros de primeira viagem, vão aqui algumas dicas simples, mas que vão contribuir para que você se sinta útil e participativo e mantenha o relacionamento sempre saudável.
Aprenda a administrar o tempo
Esse é um exercício para ser praticado desde os primeiros dias da gravidez da mulher. Quanto mais cedo o homem tomar consciência de que sua vida vai mudar, mais fácil será a adaptação. É preciso aprender a separar as coisas, o tempo do trabalho, o tempo da família. E o grande desafio é conseguir não abrir mão das coisas que você também gosta, como o futebol de domingo, um filme na TV ou a leitura de um bom livro. É tudo uma questão de organização, pode acreditar que é isso é verdade.
Lembre-se que o filho também é seu
O acompanhamento da gravidez envolve consultas médicas, exames regulares e procedimentos que às vezes são até incômodos. Na medida do possível, esteja sempre presente nessas ocasiões. Sua companhia será sempre bem-vinda.
Também é durante os nove meses de gestação que é preciso cuidar de tudo para quando o bebê chegar: a escolha da maternidade, a decoração do quartinho, a compra do enxoval. Essas, definitivamente, não são mais tarefas exclusivas da sua mulher. Você pode e precisa participar de tudo isso, opinando e ajudando a tomar uma decisão.
Proteja a sua mulher
Seja durante a gestação, seja depois que o bebê nasceu, a pressão sobre a mulher é muito grande. É uma fase em que os mais velhos e “experientes”, a mãe, a sogra, a tia, todo mundo se sente no direito de dar palpite e dizer o que fazer. Isso é ruim, afinal, cada história é uma história. Seja educado, mas tente evitar que isso aconteça, preserve a privacidade da mamãe. Esse tipo de pressão pode aumentar a ansiedade, prejudicar o parto ou a amamentação, reduzindo a quantidade de leite.
E quando o bebê nascer…
Por mais que, por razões óbvias e naturais, a ligação do recém-nascido com a mãe seja muito maior, o pai não pode fugir a uma divisão de responsabilidades. Pegar o bebê no colo e ninar é sempre gostoso. Mas a parceria familiar exige bem mais do que isso: dar banho, trocar as fraudas, limpar aquela golfadinha de vômito depois da mamada, acordar à noite quando o pequeno chorar são atitudes que todo papai deve ter. Ah! E isso sem falar nas tarefas domésticas, como limpar a casa, fazer compras, cozinhar. Se vocês não têm quem faça isso, assuma o máximo para poupar sua mulher.