Sabe aquele ditado de que a boa educação começa dentro de casa? Pois quando se fala de educação financeira, a situação não é diferente. No mundo competitivo de hoje em dia, saber administrar o seu dinheiro é fundamental para todas as etapas da vida, seja na hora de se divertir, durante os anos de estudos, quando se vai morar sozinho ou no momento de entrar no mercado de trabalho.
Neste sentido, a mesada (ou semanada) é um instrumento fundamental, o primeiro contato das crianças com o dinheiro. Mas é importante para os pais seguirem algumas regrinhas que vão ajudar os pequenos a entender o valor das coisas e a importância de cuidar do que é seu.
Quando começar a dar mesada?
A idade ideal é a partir dos seis ou sete anos, quando a criança começa na escola a ter as primeiras noções de matemática. Nessa fase, a semanada pode funcionar melhor, já que facilita a organização dos pequenos. A partir de 10 ou 11 anos o valor já deve ser mensal. Importante: estabeleça um dia certo de pagamento, para que ele se programe.
Quanto devo dar de mesada?
Seu filho tem que saber que todo mês ou toda semana o valor da mesada será o mesmo. Como se fosse o salário de um trabalhador. Assim, ele vai poder se planejar, saber o quanto vai poder gastar ou quanto vai ter de guardar para comprar aquele brinquedo que deseja.
Defina responsabilidades
A criança precisa saber claramente o que vai ter de pagar com a sua mesada e o que vai continuar sendo responsabilidade dos pais. Quem vai bancar o lanche da escola, a entrada do cinema, o pacotinho de figurinhas? E o combinado tem de ser cumprido à risca. Às vezes pode ser difícil, mas nada de ficar com peninha e dar um dinheirinho extra para aquele docinho.
Não imponha sua vontade
Uma vez definidos o valor e as responsabilidades, deixe que seu filho decida o que vai fazer com a mesada. Não tente impor sua vontade, não diga nunca “você não pode comprar isso” se ele estiver usando o que é dele. Ainda que a consequência seja faltar dinheiro para outra coisa, isso funciona como aprendizado.
Vale à pena ter metas?
A questão divide especialistas. Há educadores que defendem que a mesada seja atrelada à metas. Arrumar o quarto, ir bem no boletim escolar, por exemplo. Mas, hoje, ganha força a corrente contrária a essa prática. O argumento é que a criança precisa entender que essas “tarefas” são uma obrigação, e não devem ser estimuladas com dinheiro. Ainda assim, se preferir usar esse tipo de incentivo, o faça como uma premiação, um valor extra se a meta for alcançada.
Conversar para ensinar
E não esqueça: conversar sempre com seu filho é a melhor forma de prepará-lo para a vida. Procure ensiná-lo a comprar o que realmente precisa, mostre a diferença entre o útil e o supérfluo. Cabe a você falar da importância de saber poupar, da necessidade de investir corretamente o dinheiro pensando no futuro. Deixe que ele participe, sempre que possível, da elaboração do orçamento familiar, mostre como funciona o cartão de crédito, coisas com as quais terá de conviver no dia-a-dia.