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Mitos e verdades sobre brincadeira de menina e brincadeira de menino

Há 3 anos

Você que é pai, nunca ajudou a cuidar do seu bebê quando ele nasceu? Trocou as fraldinhas, deu banho, colocou no colo para ninar quando ele chorava? E você que é mãe? O quanto o seu filho depende de você dirigir o carro para levá-lo para a escola, para o médico, a casa de um amiguinho no fim de semana? Essas são tarefas que todos nós realizamos, não é mesmo, estão arraigadas no dia a dia das famílias, principalmente nos tempos agitados em que vivemos. E são lições que começam a ser aprendidas, brincando, desde cedo pelas crianças.

Sim, brincar é coisa séria, é um aprendizado de vida. É através das brincadeiras que os pequenos refletem, com o seu olhar e simbolismo, o mundo em torno delas, reproduzem o cotidiano, cenas e atividades comuns aos adultos, seja quando estão brincando sozinhas ou quando estão em grupo. Em boa parte, nesses momentos, elas se inspiram, imitam o ambiente que vivenciam em casa, querem seguir os passos do papai e da mamãe. Então, surge a pergunta: por que brincar de boneca ou de casinha é coisa de menina e brincar de carrinho é coisa de menino?
Pedagogos e educadores, em sua maioria, consideram que brincadeira não tem gênero. As crianças devem poder brincar daquilo que mais gostarem. Quanto mais experimentarem papéis, situações e novas ações mais socializarão, desenvolvendo suas habilidades físicas e psicológicas e sua percepção do mundo. Quando nos deixamos influenciar pelo estereótipo de que existem brincadeiras de meninas e brincadeiras de meninos estamos, na verdade, prejudicando a formação de nossos filhos. Para as crianças, essa diferenciação não faz sentido, e não cabe a nós estabelecer barreiras e cercear a sua criatividade.

Em artigo publicado no site Brasil Escola, a psicóloga Juliana Spinelli Ferrari, formada pela UNESP e Mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo alerta que nos casos em que há punição pela transgressão, existe ainda um fator complicador. “Por exemplo, quando um garoto gosta de brincar com bonecas e é punido por isso, as relações dele com o feminino podem ser bastante comprometidas. O mesmo ocorre quando alguma garota é alvo de críticas por se interessar por futebol ou artes marciais”, escreve a profissional.
Como explicar para uma menina que futebol é coisa de menino se ela assiste a um jogo de futebol feminino várias vezes na TV? Como dizer que brincar de cozinhar é coisa de menina se ela vê o pai, nos fins de semana, preparando com toda dedicação o almoço de domingo para a família? O fato é que brincar de casinha, de cozinhar, fazer compras ou arrumar a casa – uma oportunidade que os brinquedos da linha Faz de Conta da Tateti oferecem -, de pular corda, de jogar bola, mesmo que seja futebol, de ser médico, professor ou policial pode ser, sim, coisa de meninos e de meninas. E dessa forma que nossos filhos vivenciam tudo aquilo que estão vendo, sentindo e conseguindo entender do mundo ao seu redor.

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